
Fundamentação psicolingüística da linguagem escrita
Vicente Martins
A escrita é uma das estratégias, no meio escolar, para o desenvolvimento da capacidade de aprender. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo, é vista no campo das políticas públicas de educação como uma estratégia fundamental para objetivar a formação básica do cidadão no ensino fundamental (Inciso I, art. 32, LDB). Ninguém nasce leitor ou escritor, embora todo ser nasça para aprender a fala, portanto, nascemos com uma pré-disposição para a fala, e o dispositivo fonológico que herdamos de nossos pais é, instintivamente, o primeiro input para o aprendizado da leitura e da escrita.
A capacidade de aprender a ler, a escrever e a grafar corretamente as palavras deve ser, pois, desenvolvida nos primeiros anos escolares. Para tanto, devem ser definidas, desde cedo, nas escolas, as estratégias de aprendizagem que priorizem a leitura, a escrita e o cálculo. O que fazemos na sociedade do conhecimento depende unicamente da leitura, escrita e o cálculo.
Do ponto de vista pedagógico, podemos observar, nos textos de disléxicos, uma perturbação de grafismo. Em que consiste o grafismo? Trata-se, como sabemos, do processo ou resultado de fazer traços de vários tipos, retos, curvos, em várias direções etc., sem preocupação com significado, que visam a uma preparação à escrita. Por isso, só nos referimos ao grafismo, no campo pedagógico, quando estamos diante de crianças em educação infantil, especialmente, em nível pré-escolar e em casos de disgrafia, uma dificuldade específica na escrita. Uma das características da disgrafia é exatamente a irregularidade na apresentação e no funcionamento ou no uso de um sistema da escrita da língua.
Para nosso curso ou referencial teórico, tomaremos, por base, os aportes teóricos e práticos, decorrentes da pesquisa experimental, do psicólogo espanhol Jesús Nicasio García Sanchez, em seu livro Manual de Dificuldades de Aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática (Artes Médicas, 1998). Sua abordagem é a da psicologia da escrita cujo enfoque basilar é a modularização neurocognitiva (módulos de planejamento, sintáticos, léxicos e motores)
A disgrafia, segundo Jesús Nicasio García (1998, p. 191), é uma dificuldade significativa no desenvolvimento das habilidades relacionadas com o aprendizado da escrita: produção da escrita e de ortografia, chamada aqui, por nós, de habilidade grafológica. Vale ressaltar que a concepção de grafologia é a da Lingüística, isto é, refere-se ao estudo geral da escrita e dos sistemas de escrita.
Grafologia também por se referir ao estudo da forma das letras e do aspecto geral da escrita manuscrita, especialmente, com objetivo de obter dados sobre a pessoa, como caráter, personalidade, grau de instrução, tipo de inteligência, características emocionais etc. A grafologia como descrição do caráter ou personalidade da pessoa não será objeto de estudo do nosso curso, embora reconheçamos o seu valor científico por trazer à tona reflexões importantes da psicologia da escrita.
Sem o desenvolvimento da habilidade grafológica, o desenvolvimento da capacidade de aprender do aluno é comprometido e, decerto, irá interferir em disciplinas básicas língua materna e matemática. A rigor, só falamos em disgrafia quando são produzidas alterações relevantes no rendimento acadêmico ou nas atividades da vida cotidiana.
São sintomas da disgrafia:
1. Erros na soletração - Os disgráficos apresentam, no decorrer da leitura, dificuldades em memorizar e pronunciar separadamente as letras, para depois juntá-las em sílabas, e daí se passar às palavras, para finalmente chegar ao entendimento das frases e textos. Daí, apresentarem uma leitura muito vagarosa, arrastada, letra por letra, da pessoa que aprendeu por esse método e não adquiriu destreza e velocidade na leitura.
2. Erros na sintaxe –Os disgráficos apresentam, no desenvolvimento da escrita, erros quanto à estruturação da frase, especialmente erros relacionados com a concordância, de subordinação e de ordem
3. Erros na estruturação ou pontuação das frases – Os disgráficos, na língua escrita, tendem a ter dificuldades quanto ao uso do sistema de sinais gráficos que indicam separação entre unidades significativas para tornar mais claros o texto e a frase, pausas, entonações etc. (por exemplo, ponto, vírgula, ponto-e-vírgula, ponto de interrogação etc.)
4. Erros na organização de parágrafos – Na construção do texto, os disgráficos encontram dificuldades na organização dos parágrafos, isto é, em separar o texto em parágrafos ou a divisão de um texto escrito, indicada pela mudança de linha, cuja função é mostrar que as frases aí contidas mantêm maior relação entre si do que com o restante do texto.
5. Erros na grafia da palavras – Os disgráficos, bem como os disléxicos, tendem a não ser seguir, em geral, por déficit de memória, as regras estabelecidas pela gramática normativa que ensina a grafia correta das palavras, o uso de sinais gráficos que destacam vogais tônicas, abertas ou fechadas, processos fonológicos como a crase, os sinais de pontuação esclarecedores de funções sintáticas da língua e motivados por tais funções etc.
A disgrafia, em geral, apresenta outras alterações associadas ou superpostas, tais como:
1. Transtorno do desenvolvimento matemático
2. Transtornos de conduta do tipo desorganizado
3. Transtornos do desenvolvimento da coordenação ou de habilidades motoras
4. Transtornos do desenvolvimento da linguagem do tipo expressivo ou receptivo
5. Transtornos do desenvolvimento na leitura
Para a identificação da disgrafia, é importante o diagnóstico negativo, que é a indicação do distúrbio pelo reconhecimento daquilo que ele não é. Um diagnóstico de uma dificuldade específica em escrita, em geral, é um diagnóstico negativo, pois não se encontra outra explicação para a dificuldade em escrever. Assim, a disgrafia não se explica por:
1. alteração neurológica
2. déficit visual ou auditivo
3. escolarização insuficiente
4. Presença de uma deficiência mental;
· Módulo do planejamento
· Módulos sintáticos
· Módulos léxicos
· Módulos motores
Entendendo a escrita como uma conduta criativa e complexa, podemos falar de, pelo menos, quatro grandes processos com seus respectivos subprocessos envolvidos na escrita. É o que chamamos aqui de enfoque modular do processo da escrita.
A escrita é um processo complexo ou complicado que exige vários anos de esforço escolar para sua aprendizagem, através de uma boa instrução, treinamento eficaz e eficiente, ensino sistemático por parte dos docentes.
A escrita é uma habilidade que não culmina com a aquisição dos simples automatismos gráficos. Não se produz um texto sem uma consciência do ato de fala ou da enunciação lingüística. No caso da arte literária, é possível, porém, cogitarmos um nível de automatismo em determinados gêneros textuais, como cordel ou repentes populares, que são produzidos independentemente de relações lógicas e de qualquer referência. O texto escolar. Como a dissertação ou argumentação, por exemplo não pode ser executada sem reflexão ou intuito consciente
Neste curso, entendemos a escrita como processo, isto é, como um modelo de instrução em escrita que vê a elaboração do texto como um processo construtivista e contínuo no quais os alunos seguem um dado conjunto de procedimentos ou módulos para planejar o que vai escrever, fazer o rascunho, revisar, editar (revisar e corrigir) e publicar, ou seja, compartilhar por algum meio, sua escrita com seus leitores.
Eis os estágios do processo da escrita:
I – Estágio de pré-escrita (antes do desenvolvimento da escrita)
É um estágio criativo inicial da escrita, anterior à feitura do primeiro rascunho, quando o escritor formula idéias, coleta informações e imagina maneiras de organizá-las. É um estágio de planejamento da mensagem escrita. Ter um planejamento antes do desenvolvimento da escrita é ter um esquema propositado e pré-concebido para que, por meio da ação escritora, atinja-se a um objetivo especificado, que é produção de texto manifestado em diversos gêneros textuais tais como anúncio, artigo, bilhete, carta, crônica, conto, diário, editorial, horóscopo, instrução, notícia, propaganda, receita, reportagem, resumo, resenha, tirinha, quadrinhos, entre outros.
1. Módulos de Planejamento
Os módulos de planejamento possui três subprocessos: (1) geração de idéias e hipóteses; (2) organização das idéias e (3) revisão da mensagem.
A geração das idéias
A geração de idéias, também chamada a geração da informação, é um subprocesso no processo da escrita. Para que o escritor gere informação, deverá cometer algumas ações como a de selecionar, da memória de longo prazo (no inglês, long-term memory ou simplesmente LTM), as idéias ou conhecimentos estocados na memória semântica ou os fatos e acontecimentos da vida diária recuperados de sua memória episodia e, por fim, checar o entorno, para sua descrição.
A geração das idéias tem a ver com três formas de memórias: (1) a de longo prazo; (2) semântica e (3) episódica. Em geral, quando os disgráficos afirmam na conduta da escrita que “deu o branco” estão se referindo a um lapso ou deterioração da memória.
A respeito da memória de longo prazo, algumas informações da neurologia cognitiva se fazem necessárias para a compreensão do comportamento disgráfico. A memória de longo prazo dura por um período de tempo prolongado, e, por isso, tem grande capacidade de estocagem de informação e de padronização das informações, em estruturas ou em blocos, como, por exemplo, durante ou depois da leitura de um texto, a lembrança da idéia geral ou ponto principal do romance que se leu há muito tempo. Como a LTM se desenvolve? Desenvolve-se exatamente no ponto fraco dos disgráficos-disléxicos: a memorização dos episódios continuados ou repetidos de memória de curto prazo. Por isso, a memória de longo prazo, em muitos disgráficos, pode resultar em certa distorção ou condensação, e portanto, em lembranças não totalmente acuradas.
Como dissemos, anteriormente, os disgráficos bem como os disléxicos, em grande escala, não têm a seu favor a chamada memória de curto prazo (em inglês, short-term memory ou STM). A memória de curto prazo perdura tão-somente por um breve espaço de tempo, isto é, tem input e output rápidos, sendo, pois, bastante limitada em sua capacidade e depende diretamente de estimulação para determinar sua forma. Nos modelos atuais de comportamento em leitura ou escrita, a memória de curto prazo é vista como aquilo que permite ao leitor, no caso da leitura, e ao escritor, no caso da escrita, a lembrar-se de partes de material de leitura ou escrita até que o texto suficiente tendo sido processado para uma compreensão mais aprofundada ou para um desenvolvimento mais acurado, a partir de um tema ou gêneros propostos para a prática de escrita.
A memória semântica interfere na geração de idéias ou de informação posto que é uma memória significativa, geral, enciclopédica, do mundo e da linguagem. Está relacionada diretamente com os conhecimentos cognitivos e prévios do escritor como: (1) conhecimento do assunto; (2) conhecimento da língua e (3) conhecimento do mundo e de suas próprias experiências vividas e vivenciadas na sua vida em sociedade.
A memória episódica é de grande importante para os que recebem desafio de escrever textos criativos, com temas livres, como nos gêneros poesia e narrativos (contos, romances, fábulas). É uma memória autobiográfica, pessoal e sensível aos efeitos do contexto social.
A organização das idéias
Uma das principais características da escrita dos disgráficos relaciona-se com dois mecanismos textuais: a coesão e a coerência. Sem a seleção de conteúdos mais significativos da memória de longo prazo e sua conseqüentemente num plano coerente e pertinente, o texto torna-se incoerente e mal redigido, portanto. Nesse sentido, a organização das idéias em plano coerente permite que o escritor estabelece uma espécie de hierarquia de informação, dependendo do texto ou gênero a escrever ou da comunicação para uma audiência pré-definida no planejamento (público leitor-alvo)
A revisão da mensagem
II – Estágio da escrita (durante o desenvolvimento da escrita)
Neste estágio, podemos falar também em letramento, em que o escritor faz o uso social de um sistema de escrita ou ortografia no curso de suas vidas diárias e na transmissão de sua cultura e valores a outras gerações. Pode-se, também, entender a escrita como o processo ou o resultado de registrar graficamente a língua ou linguagem, à mão ou por outros meios, por meio de letras, logogramas e outros símbolos. Fala-se que a escrita é composição quando a tem como um conjunto significativo de idéias assim expresso. É a através da escrita que se define o estilo peculiar de uma pessoa ao registrar a língua(gem) graficamente através de sua caligrafia.
2. Módulos sintáticos
Estes módulos envolvem os processos de construção sintática, juntamente com seus subprocessos de: (1) construção da estrutura; (2) colocação de palavras funcionais.
3. Módulos léxicos
Os módulos léxicos referem-se aos processos de recuperação de elementos léxicos, com os subprocessos de recuperação dos grafemas, por meio de uma dupla via ou caminhos: (1) via fonológica ou indireta e (2) via ortográfica.
4. Módulos Motores
Dizem respeito ao conjunto de processos cognitivos que tem a ver com os processos motores nos quais seriam incluídos os subprocessos de recuperação dos alógrafos e de recuperação dos padrões motores. São processos que culminariam com a produção da escrita de forma aberta.
III – Estágio de pós-escrita (depois do desenvolvimento da escrita)
Uma discussão, em geral, entre professor e alunos, criada para aprofundar a compreensão do texto por meio do trabalho das reações dos alunos àquilo que foi lido.
· Dislexia
· Psicolingüística
· Input Visual
· Grafema
· Fonema
· Dislexia
A disgrafia é um conceito relacionado com a dislexia. Por isso, se faz necessária a compreensão do que é dislexia. entendemos a dificuldade na aprendizagem da leitura pela dificuldade no reconhecimento da correspondência entre os símbolos gráficos e os fonemas, bem como na transformação de signos escritos em signos verbais. Em geral, ocorre na primeira infância, no ensino fundamental. Na fase adulta, a dislexia também pode se manifestar como dificuldade para compreender a leitura, após lesão do sistema nervoso central, apresentada por pessoa que anteriormente sabia ler
· Psicolingüística
Os estudos disgráficos estão no campo da Psicolingüística. Como ramo da Lingüística, ciência da linguagem, a Psicolingüística trata da pesquisa relacionada com as conexões existentes entre questões pertinentes ao conhecimento e uso de uma língua, tais como a do processo de aquisição de linguagem e a do processamento lingüístico, e os processos psicológicos que se supõe estarem a elas relacionados.
· Grafema
Um dos conceitos mais importantes nos estudos de disgrafia e de dislexia. No estudo da escrita e da leitura, a noção de grafema é importante para os casos de dificuldades de decodificação leitora e codificação escritora. Grafema é a unidade de um sistema de escrita que, na escrita alfabética, corresponde às letras. São considerados grafemas também outros sinais distintivos, como o hífen, o til, sinais de pontuação e os números.
· Fonema
Na estudo da leitura da escrita, a noção de fonema é central para o entendimento da consciência fonológica ou fonêmica, de caráter preditivo para um bom desempenho leitor ou escritor.. Por fonema, entendemos a unidade sonora da fala ou som da fala. A lingüística estrutural descreve o fonema como unidade mínima das línguas naturais no nível fonêmico, com valor distintivo (distingue morfemas ou palavras com significados diferentes), porém ele próprio não possui significado (p.ex., em português as palavras faca e vaca distinguem-se apenas pelos primeiros fonemas/f/ e/v/). O fonema não se confunde inteiramente com as letras dos alfabetos, porque estas freqüentemente apresentam imperfeições e não são uma representação exata do inventário de fonemas de uma língua.
· Alógrafo
Em Lingüística, alógrafo é cada letra ou conjunto de letras que representa um mesmo fonema (p.ex., ss em assar e ç em caçar). Também considerar alógrafo qualquer uma das representações escritas ou formas com que se apresenta um grafema, considerado este como elemento abstrato (p.ex.: a maiúscula, a minúscula, a letra manuscrita e a de imprensa são alógrafos de um mesmo grafema)
A perda da força na mão dominante
Uma das características dos disgráficos é a falta de força na mão dominante, exigindo uma reaprendizagem pela mão não dominante num processo lento que exige bom apoio e encorajamento.
Disgrafia não é dislexia
Dislexia, a partir de uma perspectiva psicolingüística, é uma dificuldade específica em leitura. A neurologia chama a dislexia de déficit cerebral mínimo (DCM).
Disgrafia é a incapacidade de exprimir as idéias por meio da escrita associada à afasia e resultante de uma lesão cerebral devida a um acidente vascular cerebral ou traumatismo cerebral ou em decorrência de uma metodologia de escrita ineficaz na formação escolar. Por vezes, surgem apenas erros ortográficos de menor importância ou então dificuldades nas cópias ou nos
ditados.
Sugestões de bibliografia
1. ALLIENDE, Felipe, CONDEMARÍN, Ma bel.Leitura: teoria, avaliação e desenvolvimento. Tradução de José Cláudio de Almeida Abreu. Porto Alegre: Artes Médicas, 1987.
2. COLOMER, Teresa e CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2002. pp. 59-88 e 120-169.
3. CONDEMARÍN, Mabel e BLOMQUIST, Marlys. Dislexia: manual de leitura corretiva. Tradução de Ana Maria Netto Machado. 3ª ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. pp. 21-139.
4. CONDEMARÍN, Mabel e MEDINA, Alejandra. Avaliação autêntica: um meio para melhorar as competências em linguagem e comunicação. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2005. pp. 49-63. COLOMER, Teresa e CAMPS, Anna. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Tradução de Fátima Murad. Porto Alegre: Artmed, 2002. pp. 59-88 e 120-169.
5. CONDEMARÍN, Mabel, BLOMQUIST, Marlys. (1989). Dislexia; manual de leitura corretiva. 3ª ed. Tradução de Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre: Artes Médicas.
6. DUBOIS, Jean et alii. Dicionário de lingüística. SP: Cultrix, 1993.ELLIS, Andrew W. Leitura, escrita e dislexia: uma análise cognitiva. 2 ed. Tradução de Dayse Batista. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
7. GARCÍA, Jesus Nicasio.Manual de dificuldades de aprendizagem: linguagem, leitura, escrita e matemática. Tradução de Jussara Haubert Rodrigues. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.
8. HOUT, Anne Van, SESTIENNE, Francoise. Dislexias: descrição, avaliação, explicação e tratamento. 2ª ed. Tradução de Cláudia Schilling. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001.
9. MARTINS, Vicente. A dislexia em sala de aula. In PINTO, Maria Alice Leite. Psicopedagogia: diversas faces, múltiplos olhares. São Paulo: Olho d’Água, 2003. pp. 74 a 86.
10. SNOWLING, Margaret e STACKHOUSE, Joy (orgs). Dislexia, fala e linguagem: um manual do profissional. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2004.
11. SOPO: Fábulas completas. Tradução direta do grego, introdução e notas por Neide Cupertino de Castro Smolka. São Paulo: Moderma, 1994. pp.10-29
12. STERNBERG, Robert J. e GRIGORENKO, Elena L. Crianças rotuladas: o que é necessário saber sobre as dificuldades de aprendizagem. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed, 2003. pp. 97-115.
13. HARRIS, Theodore L e HODGES, Richard E. Dicionário de alfabetização: vocabulário de leitura e escrita. Tradução de Beatriz Viégas-Faria. Porto Alegre: Artmed, 1999.
TESTE DO DITADO DE PSEUDOPALAVRA
Uma maneira de testar a capacidade de competência da escrita ortográfica de aluno com disgrafia é pedir que o aluno escreva, após uma audição ativa do professor, uma pseudopalavra, isto é, é uma palavra ad doc (nonce word), que, a rigor, não significa nada, como laba (contrário de bala) ou laco (contrário de cola) criadas para tal fim, ou seja, são palavras fictícias e que têm forma ou aparência de palavra, que se assemelha, em configuração grafêmica ou fonêmica, a palavras da língua portuguesa. As crianças que não não capazes de escrever e ler falsas palavras ou palavras infreqüentes ou não-familiares terão dificuldades também de ler e escrever novas palavras e portanto apresentam dificuldade na decodificação leitora e na codificação escritora ou ortográfica.
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